Relação entre as neurociências e o futebol.
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As neurociências são o
conjunto de disciplinas que estudam o sistema nervoso, é por isso que no seu
estudo estão implicados biólogos, psicólogos, médicos, etc. Facundo Manes é um
médico neurologista que realizou grande quantidade de investigações sobre este
tema. A seguir, mostram se uns fragmentos de uma matéria realizada pelo jornal Olé el 29 de
diciembre de 2015, onde ele se refere à relação entre as neurociências e o futebol.
“Hoje já
podemos trabalhar individualmente no gerenciamento do estresse, que é
fundamental.
Também no
controle da ansiedade, na flexibilidade cognitiva para absorver a informação
visual. Às vezes em milésimos de segundo uma decisão te leva a vencer um título
ou não.
“O
controle mental, a atenção, a motivação, focar sem distrações… São todas
habilidades cognitivas que podem ser trabalhadas e melhoradas. Isso claramente
marca o rendimento de um esportista No campo da neurociência sabe-se que
Alemanha, no último Mundial, dedicou tempo ao treinamento cognitivo e aplicou
programas de estimulação cognitiva. Porém, não se trata simplesmente de
perguntar-lhes aos jogadores como se sentem, senão de focar em trabalhar a motivação,
as respostas sob estresse, a atenção… Para isso, requere-se de um grupo interdisciplinar
e de investigação. Assim trabalhou-se na Alemanha, de forma interdisciplinar
com uma Universidade, que os treinou com equipes sofisticadas para medir a
atenção e tomada de decisões em estresse. Quanto influenciou isso para que
vencessem o Mundial? Não sabemos, porém, o fizeram. Uma vitória depende de
milhares de fatores.
A
neurociência tem muito para dizer do esporte. Na elite, os esportistas têm um
treinamento físico muito similar, porém a diferença é psicológica. E os alemães
fazem muito isso, empatar ou vencer no último minuto, administrar as emoções
nesse momento é crítico.
Os
esportistas que se destacam têm resiliência, podem enfrentar desafios, se
fortalecer e se superar na adversidade. Esses esportistas que chegam têm uma
visão única de longo prazo.
Sempre me
lembro de um garoto da minha cidade, em Salto, quando eu também era criança,
que tinha um talento excepcional… Um Messi em potência, sem exagerar. Porém,
fazia tudo o oposto a um caminho que fortalecesse essas destrezas. Deve-se ter
habilidade e também uma visão em longo prazo que faça resistir às tentações
imediatas que não contribuem para o desenvolvimento profissional. Tudo isso
forja uma personalidade que ajuda a que um esportista chegue às grandes ligas.
Os clubes têm um papel fundamental porque devem explicar-lhes aos garotos que
essas recompensas imediatas não são boas para o longo prazo. Em termos ideais,
isso é o que não deveria descuidar um clube na etapa formativa”.
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