Futebol e a Teoria dos Sistemas Dinâmicos
Nos últimos anos muitas modalidades esportivas estão trabalhando com suas equipes na perspectiva de um time como um sistema. Com isso, se viu de grande valia a aplicação da Teoria dos Sistemas Dinâmicos ao futebol.
O austríaco Ludwing von Bertalanffy foi um dos precursores
da teoria dos sistemas dinâmicos. Essa teoria é resultado de várias disciplinas,
dentre eles a Teoria da Informação, Biologia e Cibernética, dentre outras. Ludwing
definiu sistema como um complexo de elementos de interação. Esse conceito foi expandido
da Biologia para outras áreas. Essa
generalização foi realizada a respeito de três necessidades da metodologia
cientifica experimental.
1-
Necessidade de reconhecimento do meio
acadêmico-científico para reconhecer propriedades dinâmicas, ou seja, entre o
todo e as partes.
2-
Necessidade de um sistema complexo, para somar e
organizar conhecimento de várias áreas da ciência. A Teoria da Complexidade (TC)
tem como objetivo justamente a multidisciplinariedade das diversas áreas de
conhecimento para aumentar a autonomia do todo no sistema.
3-
Criação de uma linguagem universal, onde pudesse
unificar todas essas ciências, afim de explicar todos esses processos complexos
do sistema.
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Numa partida de futebol, por exemplo, para se fazer uma
análise você tem que primeiro analisar o jogo todo, para depois reduzir esse
jogo a princípios menores. Porém esses princípios devem refletir no jogo como
todo.
A influência do todo na parte e vice-versa
Na ideia sistêmica pressupõe-se que há uma interação das
partes isoladas que formam o todo. É uma interação entre os elementos. Assim,
tanto a parte isolada contribui para o todo, como o todo contribui para a parte
isolada.
No futebol cada jogador tem uma função específica, um papel
a desempenhar durante o jogo, suas atitudes influenciam diretamente tanto no
seu próprio rendimento individual, quanto no rendimento da sua equipe. O que
vai determinar se esse desempenho vai ser bom ou não, vão ser as escolhas
durante a partida. Essa escolha de decisão nos foi concebida por Deus, chamada
de livre arbítrio. Porém, apesar de ser “livre”, essas escolhas têm
consequências, boas ou não, para si ou para o seu meio.
Temos o exemplo de um volante que tem várias funções em um
time, dependendo do modelo de jogo imposto pelo treinador essas funções variam. Então, imagina-se que o treinador pediu para o seu volante sempre
cobrir o lateral esquerdo, pois esse é extremamente ofensivo, com isso é
necessário alguém para cobrir suas costas em um eventual contra-ataque do
adversário. Se o volante não fizer o que foi pedido, isso terá consequências
que vão influenciar a si mesmo e em consequência para todo o time, podendo
acarretar umas séries de problemas.
É como se cada jogador fizesse parte de uma engrenagem
mecânica. Todos têm que agir em interação para o funcionamento geral da
engrenagem. “Assim cada parte que compõe o todo é absolutamente
autônoma, mas também indissociável do sistema” (Pivetti, 2012).
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